quinta-feira, 14 de junho de 2012

Eu e o tempo...


Eu e o tempo, ultimamente, estamos desajustados. Ele correndo muito e eu tentado alcançá-lo. Em consequência disso, ficarei um tempo ausente, assim que nos ajustarmos, voltarei, ou seja, voltaremos!!! Obrigada a todos pelo carinho!
Beijios!
Nice Bacchini

Uma pequena homenagem ao Mário Quintana...

 "O Jardim das Borboletas"

"Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco de se decepcionar é grande.As pessoas não estão neste mundo  pra satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui para satisfazer as dela. Temos que nos bastar...nos bastar sempre e quando procuramos estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de  alguém. As pessoas não se precisam, elas se completam... não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.
Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com a outra pessoa, você precisa,  em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe  também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é homem ou mulher de sua vida Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, e principalmente a gostar de quem gosta de você.
O Segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até você.
No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando você."
Mário Quintana.



quarta-feira, 23 de maio de 2012


Optei

Se um dia eu caí.
Não foi por mera distração,
Eu quis a queda.
Se um dia eu chorei.
As lágrimas não só resultaram da dor,
Eu as desejei.
Se um dia eu gritei.
Não  por simples reflexo ou medo,
Eu soltei a minha voz.
Se um dia caminhei a esmo.
Não estava perdido,
Mas ansiava o desconhecido.
Se um dia eu não vi
Não foi por inobservância,
Eu idealizei a escuridão.
Se um dia eu matei
Não foi  um ímpeto insano, eu quis a morte.
Se um dia eu parti
Não foi por acaso, destino ou fuga,
Eu desejei a distância.
Se um dia eu vencer
Não será por sorte ou algo assim,
Eu sangrei pela vitória.
Se um dia eu amei
E amo até hoje tanto,
Não foi uma simples fraqueza qualquer,
Apenas não resistir aos encantos 
De uma Princesa-Mulher...

P. J.  Bacchini 
Poesia escrita em  março de 1983, por Paulo Jorge Bacchini. Nessa história fui a musa!!!



quarta-feira, 9 de maio de 2012

Mãe Coruja

Não resisti. Com um pouco de coragem, aproximei-me devagarzinho da sua  toca.  Queria saber por que a coruja atacava todas as pessoas que ali transitavam com seus cãezinhos. Foi então que os vi - tão pequeninos! Então era isso! Para ela, os cães que por ali passavam representavam uma ameaça. No mesmo instante ouvi um grito estridente. Era a coruja em seu voo silencioso e rasante que vinha em minha direção. Gelei! Foi então que lembrei que estava invadindo o habitat de uma mãe coruja! E mãe coruja, sabe como é!
Como nós somos tão parecidas com as corujas quando nos tornamos mães, não é mesmo? Como elas, ficamos com os  olhos ligados em nossos filhos o tempo todo. Normalmente observamos todos os seus movimentos, com nossa “visão de raio X”, sempre atentas a qualquer sinal de perigo e  pronta para voar  a  qualquer momento, se necessário,  para protegê-los. Pena que não tenhamos pescoço de coruja! Já pensou, 360 graus de rotação? Seria mais fácil para observar os pequeninos, já que dificilmente nossos filhos ficam quietos, sentadinhos em um lugar - eles normalmente “voam baixo” em uma festa.
Somos também parecidas com as corujas nas noites em que permanecemos acordadas. Dificilmente desfrutamos de uma noite inteira de descanso. Nas primeiras semanas de vida, por exemplo, é sempre necessário acordar para alimentá-los e até mesmo para vigiá-los.  Assim como as corujas, temos ótima audição e percebemos qualquer barulhinho vindo do berço.
Um pouco mais crescidos, continuamos a acordar durante a noite, sempre atentas aos seus movimentos, preocupadas se estão bem cobertos, se estão com frio,  ou calor, ou qualquer outra coisa. Já adultos, continuamos a  acordar durante a noite,  não dormimos tranquilamente enquanto não ouvimos o som da porta se abrindo e os passos no corredor. Até casados,  dependendo da situação,  perdemos o sono preocupados com eles.
As corujas costumam deixar seus filhotes livres para voar quando eles crescem. Já no nosso caso... bom, talvez seja esse um ponto em que nos diferenciamos das corujas, já que nem sempre estamos preparadas para o voo dos filhotes. Por isso acredito que não somos somente parecidas com a mãe coruja! Nós é que lançamos a ideia: somos as verdadeiras “mães corujas”                                                                        
                                                Nice Bacchini
  
   A todas as mães, corujas ou não, feliz Dia das Mães. Em especial para minha mãe que comemora também o seu aniversário 83º! Parabéns Mamãe! Parabéns Maria!


Crônica publicada, no dia 07/05/2012, no Jornal Regional Laranjeiras do Sul/PR

quarta-feira, 18 de abril de 2012

"Dedo-duro"

Com rapidez e praticidade paguei as compras de supermercado. Impressionante como as transações financeiras evoluíram. Até há pouco tempo utilizávamos dinheiro ou cheques para pagar nossas contas. Hoje é só digitar uma senha na maquininha e  pronto. E como todas as transações que mexem com dinheiro, esse tipo de transação também é arriscada, tendo como exemplo a clonagem de cartões.  Com isso, para evitar transtornos, os agentes bancários buscam sistemas de seguranças para seus clientes.  É claro que vamos pagar por eles. 
Mas, dentre os serviços que são disponibilizados nesse mercado,  o que mais acho interessante é aquele que envia uma mensagem para os nossos celulares, indicando que a transação financeira foi efetuada. Costumo chamar esse tipo de serviço de “dedo-duro”. Principalmente quando a conta bancária é conjunta ou com cartão de crédito compartilhado. Pense bem! Todas as vezes que passamos o cartão, uma mensagem chega ao celular, que pode ser o nosso, mas também da outra pessoa, com quem compartilhamos a conta – e normalmente é o marido, companheiro, etc. Aí é que mora o perigo. Para nós, mulheres, que  algumas vezes (!) consumimos mais que o normal e, velha tática, esperamos  o momento certo para comunicar ao companheiro sobre as contas, tudo com jeitinho, e aí... somos deduradas  ainda na loja.  É muito chato!
Mas algumas mulheres estão dando um jeitinho nisso. É só não passar o cartão muitas vezes em um dia.  Certa vez, uma senhora em um salão informou ao seu cabeleireiro que iria pagar somente no dia seguinte, pois havia passado no supermercado, na farmácia, pagado algumas contas, com isso o celular do seu marido tinha apitado demais naquele dia. Se desse mais um apito ele iria surtar. A risada foi total no salão! E todas as mulheres ali presentes gostaram da ideia, inclusive eu!
              Outro apelido que cairia bem é o “GPS rastreador”! Ele sempre irá informar onde você está, por onde passou. Vai dar toda a dica. Certa vez, uma amiga me contou que seu marido aprontou uma para ela quando contratou esse serviço.  Estava ela em uma loja, comprando um par de sapatos (sempre sapatos!), quando seu marido, que resolveu brincar com ela, ligou perguntando o que estava fazendo naquela loja. Assustada, ela começou a procurá-lo, então ele começou a relatar todos os lugares onde ela havia passado naquele dia.  Supermercado, salão de beleza, etc. Quando já estava acreditando que seu marido tinha colocado um detetive para vigiá-la, ele entregou o serviço. Dedo-duro!
Um amigo disse uma vez que, com esse serviço, jamais se perde da esposa em um shopping. Que consegue encontrá-la sem ligar para ela. Outro dia, uma vendedora me falou que uma senhora tinha acabado de passar o cartão quando seu marido ligou e pediu que ela levasse para ele um produto de exclusividade da loja.
Ai que saudades da privacidade de outrora na minha vida!